“Poderia
escrever um texto grande. Desses enormes que quando chega na metade, a
gente já não sabe mais quem é quem. Poderia escrever um texto pequeno e
resumir tudo que gosto em você. Desses que embrulha o estômago depois
que a gente lê a terceira qualidade e percebe que não existe ninguém
assim e se existe, nunca encontraremos esse alguém. Poderia escrever um
texto sobre o passado. Esse é sempre uma ótima opção. A gente sempre se
identifica. Poderia também escrever sobre saudade. Esse com certeza
seria lido várias e várias vezes. Poderia escrever sobre como seria te
encontrar. Desses que de tão clichê a gente sempre sabe o início, meio
e fim. Dentre tantas opções me falta o que escrever. Não quero ser
redundante. E tão pouco escrever por escrever.”
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